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HAUX
Ensaio sobre a Ayahuasca

   Haux é um termo usado pelo pajé ao iniciar e finalizar um canto ou trabalho de cura, como sendo uma saudação às pessoas e uma saudação à dimensão espiritual, usando a linguagem da jibóia. Haux é também um cumprimento, uma saudação, uma confirmação ou um agradecimento.

 

 

   O tema da coleção é a elevação espiritual, a fim de cura, cultuado pelos índios brasileiros, mais especificamente, do Acre, os povos Hani Kuin, Axaninca e Wayaká.

 

 

   Um dos rituais de cura cultuado por estes índios faz-se com intersecção de um chá feito através do cozimento de um cipó chamado Mariri (Banisteriopsis Caapi) e da folha da Chacrona (Psicotria Viridis). Nominado como Ayahuasca, conhecida como o chá do sagrado, que conecta o Xamã com o divino e onde vai buscar soluções para curas, receitas, informações, onde se capta visões a fim de precaver/solucionar/ajudar a sua tribo. Sobre este ritual fez-se esta coleção, considerando todos os efeitos, visíveis e invisíveis que este ritual traz, com muito xinabaná (pensamento positivo), resultando em alegria, amor, gratidão, cura, leveza e prosperidade.

   

 

    Este chá é compartilhado entre os pertencentes da tribo, em rituais de grupo, guiados pelo Xamã.

O ritual resgata nas profundezas do subconsciente os fatos que angustiaram, mas que nem sempre estão visíveis e memoráveis, porém causaram sequelas, que implicitamente formaram tal estado espiritual.

Os rituais dão inicio junto com o anoitecer. O Pajé conduz o momento servindo a todos os participantes uma dose do chá sagrado, onde se embalam com sons de tambor, maraca, e cantos a fim de convocar os espíritos de ajuda para o ritual.

 

 

   A Ayahuasca busca expelir tais traumas a fim de limpar os resquícios negativos, de forma que os problemas que anteriormente foram ‘catastróficos’ para o seu espírito, (mas que hoje já não representam interferências no seu cotidiano) mostram o quão pequenos foram tais traumas, Guiando para solucionar o que ainda se deve, para desprender-se das más lembranças, trazendo alegria, paz, amor, gratidão e autoconhecimento, concedido através dessas profundas viagens no eu interior.

 

 

   O Pajé também usa do chá em busca de mostrar as más condutas de indígenas na tribo que por ventura terá tido, pela presença de um espírito mal intencionado, a fim de rever tal erro, para evita-lo. De uma forma comparativa, a sociedade dos brancos, tem o Padre como um Xamã, e a mesma intenção é usada, quando um sujeito se dispõe a se confessar, buscando o perdão do divino para atos repudiados

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